terça-feira, 8 de abril de 2014

Matam-se os pobres

Matar alguém pode passar na cabeça de qualquer um de nós. A maioria, porém, não o faz. Policiais vêm de um contexto de pobreza. Hoje carregam armas, mas ganham muito pouco. Lidam com pessoas que não são vistas como "um de nós", mas com desconfiança e até vontade de eliminação. A mulher baleada, jogada na viatura e arrastada era preta, pobre e favelada. É como a mãe de qualquer um daqueles policiais. Na favela, aquele contexto de falta de tudo, no qual a única saída é exercer a violência, o policial e o miliciano não vêem nenhum problema em matar quem lembra sua própria miséria. Eu gostaria de uma polícia que andasse com suas armas guardadas. Para isso, não poderia haver ninguém mais com posse de arma. Uma polícia que fosse agente de proteção, de educação para o respeito de direitos, e não de intimidação e assassinato , pagos com os nossos impostos.

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