terça-feira, 8 de julho de 2014

"Aceita que dói menos."

Brasil finalmente terá que ser esportista, e disputar o terceiro lugar do campeonato. "Reis do futebol" é coisa que só estava na nossa cabeça. É difícil acreditar que perdeu. O "rei do futebol" se ilude. Um pouco de ilusão é bom, mas não quando deixamos de encarar os fatos: um time ruim num campeonato de times fortes, a falta de condições míninimas de vida, para muita gente, etc. Os "reis do futebol" já podem guardar a fantasia. Será que conseguimos parar de brincar com tudo? Quer dizer, só se pode realmente ser bom em alguma coisa desempenhando-a bem. Antes, não dá para saber. Ficar achando "inacreditável" é ainda dificuldade nossa de aterrisar, ver o que quer, o que precisa ter e agir. Então até seria bom perder da Argentina. Achar que a perda foi vergonhosa é cabível: vergonha por não sermos quem prometemos ser. Uma pessoa que não faz nada na vida, não mete a cara, não usa sua força, testa-se, conhece-se, mas que se diz capaz, inteligente, é como um filhinho de mamãe. Faz pirraça para ser levado a sério, mas não muito a sério: quer colo. Temos que sentir muita vergonha. Quem sabe não nos mexemos?

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