quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Mad Max: de volta ao Eden



Em "Mad Max: Estrada da Fúria", há uma tribo de mulheres velhas. Uma delas diz ter matado todos os homens que havia por ali. Houve uma época em que não se derramava sangue. Ela carregava uma bolsa com sementes, dentre as quais uma desenvolvera um broto verde. Surgindo a oportunidade, ela plantava. Aquele universo era terra pura, sem água, portanto sem verde, sem nada.

As tribos montam veículos, e vestem roupas super-montadas. Batalham entre si, e na tela voam pedaços de carne e metal. Caos. Finda a batalha, uma rajada recobre tudo de poeira. Vazio. A mulher é uma terra fértil, e o homem é o semeador. Os filhos são do homem, têm seu nome. Criados pela mulher. Apenas agora isso começa a mudar, mas é cultural. A Bíblia nos situa nisso.

No filme, a Cidadela é de um rei que produz seu exército engravidando mulheres de seu harém. Faz "garotos de guerra", que só conhecem o que é efetivo nas batalhas. Diante da morte, se atiram, levando muitos consigo. Serão lembrados, e ganharão uma espécie de vida melhor. Uma população miserável e deformada é mantida com migalhas.

A heroína foge com as mulheres, terra fértil que é o bem maior do rei. Lutam, sangram, ganham a perspectiva de 160 dias no deserto de sal. Max não as acompanha. Não espera nada da vida. Uma menina fantasma acusa-o de não tê-la salvo, como prometera. Ele vive em fuga, sozinho na areia sem fim. Naquela vez, a menina atira algo, e ele se defende. Pega na mão. Uma marca. Ele tem que ser salvador. Agora há as mulheres, há como salvar. Corre ao encontro delas, e as avisa de que à frente só há sal. Têm que voltar à Cidadela, derrubando o rei que as persegue. É o que fazem.

As mulheres tomam o poder e soltam a água para todos. Tornarão a terra verde, novamente. Assim, qualquer homem poderá semear.

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