quarta-feira, 18 de junho de 2014

Ser brasileiro também pode ser ser anti-Copa

Comemorar um grande evento é reunir os queridos e olhar gente nova, em meio a uma liberação do que se fala, bebe e de como se age. Irresistível torcer pela Copa, então? Ainda mais que há um ser brasileiro calcado no futebol de 70 e 94? Veja, há as concentrações anti-Copa. Elas estão sendo reprimidas. Mas podem crescer, e serem mais do que a polícia pode conter. Hoje, domingo, terá uma na Pça Saens Peña, Rio de Janeiro. Gente conhecida e desconhecida gritando "não vai ter Copa". Protesto, mas, na verdade, uma festa diferente. Não haverá um compromisso com aquele ser brasileiro. Haverá falas sobre os nossos problemas. Um monte de crítica. É bom exercitar isso, ouvir críticas diferentes para melhorar a própria crítica. Até que consigamos propor algo que seja bom, como um candidato, uma proposta, informações a serem espalhadas na internet, etc. Tem que ocorrer mais festas anti-Copa. Porque tomar um grande evento como uma dádiva? Porque não pode haver outros eventos, até grandes, fazendo concorrência? O monopólio que a FIFA quer é sobretudo o da festa. Então, buscar liberdade é fazer outras festas. Comemorar e fortalecer outras coisas. Querer que boas festas sejam mais e mais atraentes. Que tal empurrarmos pra frente o time de quem fala na rua, levanta cartaz e insiste para que a vida de todo mundo melhore? Empurrarmos com esperança, ou seja, com ânimo, espírito, energia. A seleção brasileira da FIFA não tem essa bola toda. A seleção anti-Copa é melhor, e é muito mais generosa ao aceitar quem pode fazer parte dela, e nos seus desejos. Nem é seleção. É reunião. É onde a coisa tá quente de verdade. Vá para uma festa anti-Copa e divirta-se. Com selfies.

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